Para outras versões de Lisa, consulte Lisa Trevor (desambiguação).
"Mã....e..." — Lisa Trevor, antes de se jogar em um abismo depois de ver o cadáver de sua mãe.
Lisa Trevor (リサ・トレヴァー Risa Torevā) foi uma mutante americana, sendo a primeira pessoa a se tornar um adaptador do Vírus Progenitor desde, pelo menos, o período Neolítico. Ela fora sequestrada como parte de um projeto de pesquisa retroviral pelo que mais tarde se tornaria a Umbrella Farmacêuticas. Tendo sobrevivido e sofrido diversas mutações devido à exposição a uma série de cepas variantes do Progenitor, as capacidades adaptativas de Lisa a tornaram uma cobaia regular e confiável para pesquisas de armas biológicas. A utilidade dela para a empresa, no entanto, chegou ao fim em 1988, após vinte anos de testes, quando uma cepa derivada do Progenitor apelidada de Vírus Gólgota foi isolada em seu sangue. Por conta de sua poderosa resiliência permitir que ela sobrevivesse à execução planejada, Lisa viveria nas Montanhas Arklay até 1998, período onde acabou se envolvendo no "Incidente da Mansão". Ela, em última análise, terminou sendo morta quando a instalação foi destruída.[2][3]
Lisa era a única filha do arquiteto George Trevor e sua esposa, Jessica. Na época de seu nascimento, a empresa de seu pai, a Trevor & Chamberlain, estava sendo bem conhecida no ramo de construção por ser especializada em projetos excêntricos e elaborados. Por causa desse reconhecimento, de 1964 a 1967, a empresa foi contratada para construir uma elaborada e suntuosa mansão na região montanhosa do Condado de Arklay, com a própria herdeira dos Trevor sendo imortalizada em seu design como uma pintura de parede em sua galeria. Após a conclusão da construção, a família foi convidada a se hospedar na propriedade a pedido do cliente, Dr. Oswell E. Spencer, o Conde Spencer. Como próprio George não podendo ir imediatamente devido estar ocupado com seu trabalho, Jessica dirigiu até a mansão com Lisa, onde planejavam ficar durante uma semana até que ele chegasse.[4]
Chegando à propriedade por volta de sexta-feira, 10 de novembro, as duas foram imediatamente detidas pelos seguranças de Spencer e levadas para uma caverna subterrânea. Lá, elas foram injetadas com as cepas 'Tipo-A' e 'Tipo-B' do vírus Progenitor, um retrovírus recém-descoberto que Spencer acreditava ser útil para a eugenia, mas que exigia modificação para transformar um humano com sucesso.[5] Nos dias seguintes, ambas foram submetidas a mais testes enquanto o estado mental delas se deterioravam, provavelmente por conta do início dos danos cerebrais causados como efeito da infecção do Progenitor. Jessica então fez planos para fugir com sua filha na segunda-feira, 13 de novembro, no entanto, sua reação negativa ao vírus a fez ser considerada um experimento fracassado, levando à sua execução imediata, o que impediu qualquer esperança de fuga para Lisa.[5] Só que ao contrário do que ocorreu com sua mãe, o corpo de Lisa reagiu muito melhor à infecção do Progenitor e sua força física fora aumentada significativamente como consequência.
À medida então que a deterioração mental de Lisa piorava e ela ansiava por sua mãe, uma funcionária de Spencer foi encarregada de se passar por Jessica e mantê-la satisfeita. Porém, na quarta-feira, 15 de novembro, a deterioração mental de Lisa atingiu um estado crítico, apesar de suas habilidades aprimoradas, o que a levou a ter uma rompante violento durante o jantar com a imitadora. Quando Lisa percebeu a farsa, ela acreditou que a mulher havia roubado o rosto de Jessica e tentou arrancá-lo a fim de devolvê-lo à mãe. É incerto se a mulher morreu por causa dessas lacerações.[5] Ao longo dos próximos dias, o estado mental de Lisa piorou ainda mais, com seu diário sugerindo que ela escapou brevemente do laboratório após seu surto violento.[5] Todavia, o que Lisa fez durante essa suposta fuga é contraditório, dado que suas alegações de ter encontrado os túmulos de seus pais não correspondem com os eventos factualmente conhecidos, visto que George ainda estava vivo na época; por sua vez, ela conseguiu encontrar o sepulcro de sua mãe, porém, não conseguiu abri-lo, pois estava selado por uma pesada laje de pedra.
Vida Adulta & "Fim" da Abdução[]
Lisa, presa em sua cama, após entrar em estado vegetativo.
Ao longo dos próximos 28 anos, Lisa permaneceu presa sob a propriedade até ser transferida para o Laboratório Arklay após sua conclusão. Na realidade, a presença dela foi mantida em segredo pela Umbrella, com nenhum dos pesquisadores na instalação sabendo seu nome, e poucos sequer sabiam que ela existia.[6] Neste período, a mentalidade Lisa continuou a se deteriorar, caindo em um estupor que a deixou vegetando, embora continuasse acorrentada a sua cama no caso de ela se recuperar. Por causa de sua inanição total, durante grande parte dos primeiros vinte anos, ela foi alimentada por meio de terapia intravenosa e transportada em uma cadeira de rodas, caso precisasse ser movida. A partir de 1978, o Dr. William Birkin, o novo pesquisador-chefe da instalação, fez uso considerável das habilidades adaptativas de Lisa à medida que aumentava a necessidade de cobaias em seus experimentos para aperfeiçoar o T-Vírus.[6][7] Foi então que em 1988, Lisa foi selecionada para ser o anfitrião de um parasita do tipo NE-α. Esses organismos foram projetados pela Umbrella europeia para substituir as funções cerebrais em uma A.B.O. a fim de melhorar seu desempenho em campo, contudo, a filial teve uma baixa taxa de sucesso em testá-los devido o parasita matar seus hospedeiros pouco depois de se vincular a eles. Só que durante a implantação cirúrgica do parasita em Lisa, o sistema imunológico dela atacou o organismo e o destruiu, absorvendo seu DNA e o fundindo ao dela. Como resultado, não apenas sua consciência foi restaurada com um certo grau de inteligência, mas ela também ganhou tentáculos que cresciam em suas costas. Ao então buscar uma explicação de como o organismo de Lisa conseguiu se adaptar ao parasita, Birkin isolou uma cepa mutante do Progenitor totalmente distinta do T-Vírus que ela havia sido testada anteriormente, ao qual depois batizou de Gólgota.[8][9]
Nos sete anos seguintes, Lisa se tornou um obstáculo para a pesquisa de A.B.O.s; com a mente restaurada, ela foi mais uma vez capaz de usar sua força aprimorada em sua necessidade obsessiva de coletar rostos, tornando-a um perigo especialmente para todas as mulheres na instalação. Por conta desse comportamento errático, após Lisa causar a morte de três pesquisadores em 1995, os executivos ficaram fartos de seus rompantes e deram ordens para que Serviço de Segurança da Umbrella a executasse. Devido às suas capacidades regenerativas, o U.S.S. esperou três dias antes de declarar sua morte e seu corpo foi levado para descarte. A desova foi então feita pelo sucessor de Birkin, Dr. John Clemens, um pesquisador que a Divisão de Inteligência da empresa considerou um risco de segurança potencial devido a suas opiniões sobre ética em pesquisa.[10]
Incidente da Mansão & Morte[]
Lisa em sua cabana após sua "libertação".
Para onde Lisa foi levada é incerto, mas ela eventualmente deixou o local após se recuperar graças a suas habilidades regenerativas e passou a perambular pelas montanhas Arklay, sobrevivendo por conta própria.[2] Após o surto do T-Vírus no Laboratório Arklay em maio de 1998, o território dela se expandiu ou mudou para abranger a propriedade e as terras ao leste, chegando a usar como sua morada um galpão próximo da mansão que a equipe do local usava para armazenar abóboras e outros vegetais cultivados nas proximidades.[11] Com base nas descobertas do Serviço Especial de Táticas e Resgate do Departamento de Polícia de Raccoon, que permaneceu nas instalações de quinta-feira, 23 a sábado, 25 de julho, Lisa fez uso dos túneis subterrâneos nos quais ela foi infectada pela primeira vez, acessados por um alçapão no galpão, para se locomover por toda propriedade.[12] Em uma sala, inclusive, havia vários objetos que ela tinha roubado da mansão.[13] No geral, por ter percebido a presença dos membros da S.T.A.R.S. na propriedade, Lisa os atacou repetidas vezes até que em sua luta final contra eles, ela se jogou em um abismo após finalmente ser capaz de recuperar o cadáver de sua mãe enterrado dentro do caixão de pedra.[14][15]
Lisa é imobilizada por Wesker antes de sua morte.
Na manhã de sábado, Lisa saiu do abismo assim que o sistema de autodestruição da instalação foi ativado. Explorando o laboratório independentemente da situação, ela encontrou o Dr. Albert Wesker, um de seus torturadores que havia se tornado o capitão da equipe policial que encontrara na mansão. Só que a essa altura, Wesker também havia se tornado um mutante graças à exposição a uma cepa seletivamente modificada do Progenitor, e conseguiu escapar dela. Seguindo-o então até a mansão, ela continuou a atacá-lo, consumindo cada vez mais tempo. Todavia, durante sua luta com Wesker no hall de entrada, Lisa acabou sendo imobilizada por um lustre derrubado em cima dela, permitindo assim que algoz escapasse segundos antes que a mansão explodisse, o que a matou definitivamente.[1][16]