Resident Evil
Registre-se
Advertisement
Resident Evil

Principal

Biografia
Características
Desenvolvimento
Jogabilidade
Citações
Aparições
Galeria
Curiosidades

"Eu, Oswell E. Spencer, fundador da Umbrella, bem como seu diretor executivo, proclamo-me o governante de toda a humanidade. Todos se prostrarão diante de mim como fizeram uma vez para os antigos falsos deuses."
— Trecho de um diário de Spencer explanando seu pretenso discurso de dominação mundial.[5]

Dr. Oswell E. Spencer, Conde Spencer (オズウェル·E·スペンサー Ozuweru Ī Supensā) foi um aristocrático bilionário britânico, virologista e eugenista. Um dos fundadores da Corporação Umbrella, ele atuou como seu líder absoluto por toda sua existência, tendo se consolidado nesta posição após ter eliminado impiedosamente seus rivais e monopolizado seu poder dentro da empresa, ao qual controlou estritamente por trás de um véu de escuridão.[6][7]

Spencer tinha o desejo de refazer o mundo e conduzi-lo a uma nova era, já que via seu estado atual como autodestrutivo. A fim então de alcançar isso, ele pretendia usar os dados de pesquisa acumulados das Armas Bio-Orgânicas para realizar sua visão e assim moldar uma utopia para a humanidade tendo a si próprio como seu governante.[8] Tal objetivo, no entanto, terminou sendo frustrado com o declínio da Umbrella depois que uma miríade de acontecimentos em 1998 a desestabilizaram até a sua falência total em 2003. Embora Spencer, posteriormente, também acabou encontrando seu fim pelas mãos de sua principal criação eugênica em 2006, seu legado sombrio continuou a prejudicar o mundo mesmo após décadas de sua morte.

Biografia[]

Vida Pregressa[]

Objeto de Pedra & Metal

O brasão da família Spencer.

Oswell nasceu na prestigiosa família Spencer, considerada por gerações como parte da elite europeia.[9] Crescendo no castelo de sua família com vista para um penhasco na costa britânica, o jovem herdeiro da fortuna Spencer recebeu uma educação abrangente e desenvolveu hobbies condizentes com seu status social, como colecionar arte e caçar.[10] Entre seus estudos estavam a literatura clássica, os tratados humanistas da Idade Moderna e o movimento eugênico de meados do século XX. Seu estudo favorito e pessoal, no entanto, era o Conspecto da Historia Natural, uma rara enciclopédia vitoriana tardia escrita pelo explorador britânico Henry Travis que narrava uma jornada dele de 34 anos pela África.[11] Durante esse período da adolescência de Spencer, a Europa mergulhou na Segunda Guerra Mundial, porém, é desconhecido o que ele fez nesta época, incluindo se evitou ou não o recrutamento. É sabido, no entanto, que sua experiência de vida em meio a guerra o ajudou a formar suas visões neohumanistas sobre o mundo.[12]

REVillage Spencer jovem fotografia

Uma foto de Spencer, em sua juventude, durante a época que conheceu Miranda.

A partir da década de 1950, Spencer estava cursando medicina em uma faculdade a fim de se tornar um médico.[12] Lá, ele se tornou amigo íntimo de Edward Ashford, um membro de uma família aristocrática de renome igual a dele, e de um aluno mais velho, Dr. James Marcus.[9] Em algum momento deste seu período universitário, enquanto fazia uma excursão no leste europeu com um pequeno grupo, Spencer se perdeu deles devido à sua inexperiência no terreno desconhecido e terminou desmaiando em uma estrada coberta de neve. Ele então acabou sendo encontrado e resgatado por Miranda, uma sacerdotisa e bióloga de um vilarejo montanhoso isolado que adorava um superorganismo fúngico intitulado como "Deus Negro". Através dessa mulher, que o tomou como um protegido devido a seu intelecto e interesse por biologia serem semelhantes aos dela, Spencer aprendeu sobre o Mofo e sua capacidade de infectar, mutacionar, assimilar e replicar formas de vida, o que lhe inspirou a seguir essa abordagem para atingir seus objetivos evolucionistas. Só que embora ele tivesse gostado de seu tempo com Miranda e do vasto conhecimento biológico que ganhou com ela, Spencer percebeu que os dois tinham convicções muito diferentes, pois enquanto Miranda desejava apenas reviver sua filha morta, ele queria mudar o mundo. Consequentemente, Spencer decidiu deixar a vila, contudo, ele continuou a manter contato com Miranda escrevendo para ela ocasionalmente.[12]

Retornando então à sua universidade como um homem mudado, Spencer procurou replicar as conquistas de Miranda à sua maneira, pois considerava o Mofo ineficaz para alcançar seus objetivos. Com a intensificação da Guerra Fria, Spencer começou a ver a humanidade como uma raça destinada a se destruir, o que o fez crer que somente através da evolução e da obtenção de um código moral superior isso poderia ser evitado. Embora lhe faltasse meios para conseguir isso, ele passou a acreditar que a resposta estava no emergente campo da virologia.[12] Logo, Spencer formou um círculo de eugenia com cientistas e afins, incluindo Marcus e Ashford, bem como os Lordes Beardsley e Henry.[13][14]

Fundação da Umbrella (1966-1968)[]

"Encontrei a chave da evolução! O “Progenitor”, um vírus encontrado na África. Pretendo abrir uma empresa, com amigos e colegas, dedicada à pesquisa do vírus. Vou chamá-la de Umbrella. Igual ao símbolo na caverna sobre o qual falamos. Dei mais um passo rumo à realização da minha visão."
— Uma nota da autoria de Spencer contando a Miranda sobre sua descoberta e intenção.[12]
Spencer Labirinto Fotografia

Lorde Spencer, fotografado em frente a uma estátua, no Labirinto dos Ndipaya.

No início de 1966, Spencer ficou mais uma vez absorto com o Conspecto da História Natural, tendo recordado de um relato sobre os Ndipaya, uma engenhosa e misteriosa tribo da África Ocidental, cujos rituais envolviam uma flor mágica que dava grande poder àqueles que podiam sobreviver ao seu veneno.[15] Ao então compartilhar essa história com seus colegas, enquanto o assunto fora inicialmente tratado com um ceticismo apropriado devido a alegações de imprensa marrom envolvendo o nome de Travis, Marcus levantou a hipótese de que um vírus produzido naturalmente pela flor poderia ser o responsável por mutar o consumidor e lhe conferir os poderes que o explorador relatou.[16] Tal vírus, teoricamente, seria uma grande promessa na eugenia, o que interessou o círculo de cientistas. A fim de então refutar ou confirmar se a flor realmente existia, Spencer, Marcus e seu protegido, Brandon Bailey, organizaram uma expedição à África para encontrá-la. Embora o envolvimento de Spencer na viagem seja incerto, Marcus e Bailey viajaram para o leste africano em uma busca de vários meses pelos Ndipaya, com ambos só retornando em fevereiro de 1967 quando obtiveram a prova da existência do vírus, que nomearam de "Progenitor", depois de o terem isolado dentro das flores Sonnentreppe que cresciam nas ruínas do Jardim do Sol, um lugar localizado no interior de um gigantesco sistema de cavernas onde a tribo neolítica, no passado, construiu sua massiva cidade.[16]

Logo após o início da pesquisa sobre o vírus, a universidade suíça para a qual Marcus trabalhava o ostracizou depois de surgirem alegações que o mesmo estava fornecendo dados falsificados, o que levou à cessação dos subsídios do governo para seus projetos.[17] Spencer então usou isso a seu favor e empregou sua beneficente Fundação Spencer como meio de financiar a pesquisa de Marcus, com a condição de que ele operasse dentro do laboratório de sua mansão familiar europeia, evitando assim que o mesmo tivesse contato com qualquer outro cientista que não fosse de seu círculo.[17] Todavia, ao perceber que sua organização filantrópica não seria capaz de financiar o projeto totalmente, Spencer se aproximou de seus amigos e colegas em março de 1967 com a sugestão de que eles fundassem uma empresa farmacêutica para levantar os fundos necessários. Todos concordaram com a ideia, embora houvesse por parte deles um desinteresse geral quanto a realizar isso.[16] Pouco depois, Spencer escreveu para Miranda sobre a descoberta do Progenitor e decidiu usar o símbolo que conectava as Quatro Casas da vila que a mesma habitava como logotipo de sua empresa.[12]

Mansion front

Uma mansão imitando o lar ancestral de Spencer ficava acima do seu Laboratório Arklay.

No final do ano de 1967, a fim de conseguir concluir a pesquisa do vírus em um local isolado e abundante em recursos naturais, Spencer encomendou a construção de uma mansão nas Montanhas Arklay, uma maciça região florestal localizada no meio-oeste americano. A mansão em si fora construída sobre cavernas de calcário que o aristocrata planejava usar para a construção de um complexo laboratorial subterrâneo que seria escondido da vista do público. Este projeto, no entanto, acabou criando um problema para Spencer devido ele ter escolhido um famoso arquiteto de Nova York chamado George Trevor, conhecido pelos designs surreais que Spencer admirava, para construir a residência. Após sua conclusão, o aristocrata percebeu que arquiteto conhecia todos os segredos da mansão, incluindo a existência de um laboratório subterrâneo, e entrou em pânico. Fazendo então rapidamente planos para se livrar de Trevor a fim de que apenas ele e seus associados soubessem da existência do laboratório, em novembro de 1967, Spencer convidou toda a família do arquiteto para ficarem na mansão e comemorar seu término. Só que sem o conhecimento deles, ele planejava usá-los como cobaias para sua pesquisa do Progenitor. Devido Trevor estar demasiadamente ocupado com seu trabalho, o mesmo não pôde ir imediatamente, porém, ele decidiu enviar na frente sua esposa, Jessica, e sua filha, Lisa, de 14 anos, para que pudesse se reunir com elas mais tarde na propriedade. Assim que as duas chegaram em 10 de novembro[18], elas foram imediatamente detidas pelos funcionários de Spencer e levadas para as cavernas subterrâneas a fim de serem usadas na experimentação humana com o Vírus Progenitor. Jessica morreu logo após o início dos testes por conta da infecção, enquanto Lisa sobreviveu aos experimentos, mas acabou ficando insana devido as mutações que sofrera. Quando Trevor chegou à mansão, o mesmo foi capturado igual a elas, só que ao contrario de sua família, o arquiteto conseguiu escapar de seu aprisionamento. Ele, no entanto, terminou sendo morto depois que caiu em uma de suas próprias armadilhas enquanto tentava fugir da propriedade.[19] Lisa, por sua vez, foi mantida como cobaia no local até ser morta em 1998.

Em algum momento no final da década de 1960, Spencer trabalhou com outro cientista que partilhava seus ideais de eugenia, o Dr. Wesker. Acreditando que o Progenitor só seria útil para a humanidade se eles pudessem confiar em seus poderes, Spencer concluiu que os humanos geneticamente superiores tinham que compartilhar seus valores para se tornarem os Übermenschen. A Umbrella então começou a abduzir crianças com genes e intelecto superiores de todo o mundo a fim de criá-las com acesso à melhor educação que o dinheiro podia comprar enquanto as doutrinava para terem os mesmos ideais de Spencer. Ao atingirem a idade adulta, a empresa selecionaria a nata dos candidatos, no caso os melhores dentre eles, e os infectaria com o vírus. Este projeto altamente confidencial foi, por sua vez, nomeado de "Projeto Wesker", em homenagem a seu líder.[20]

Com a Umbrella estabelecida, Spencer ficou cada vez mais paranoico que seus amigos ameaçassem seu próprio projeto de eugenia ao qual pretendia direcionar para torná-lo um deus na nova ordem mundial. Embora ele já controlasse o projeto em 1967, quando garantiu a pesquisa de Marcus, a paranoia de Spencer aumentou em 1968 enquanto administrava o ramo farmacêutico da empresa. A fim de então obter mais financiamento para seu projeto de eugenia, o aristocrata fez um acordo secreto com o exército dos Estados Unidos para produzir armas biológicas e iniciou outros projetos com o intuito de criar estirpes virais mutantes para uso militar. Por conta disso, os fundadores da Umbrella passaram a trabalhar separadamente no que chamaram de "Projeto T-Vírus". Só que em vez de realizar sua própria pesquisa, Spencer decidiu deixar o Laboratório Arklay sob o controle de executivos de confiança e trabalhou ainda mais tanto com o Lorde Beardsley quanto o Lorde Henry. Marcus e Bailey, por sua vez, continuaram a trabalhar por conta própria enquanto Ashford trabalhou ao lado de seu filho, Alexander, em sua propriedade europeia.

Posteriormente, devido a cultivação das estirpes do Progenitor terem se tornado muito limitadas em número para realizar pesquisas em larga escala no Projeto T-Vírus, ficou claro que Marcus e Bailey teriam que viajar novamente para a África Ocidental a fim de obterem mais amostras. Todavia, ao contrário da exploração anterior, desta vez, Spencer contratou mercenários para forçar os Ndipaya a sair de suas terras e garantir que o Jardim do Sol ficasse sobre o controle exclusivo da Umbrella. Quando as notícias chegaram sobre esse sucesso, Bailey foi enviado sozinho para cultivar as amostras do Progenitor em um laboratório construído lá, isolando-o de Marcus. Este, por sua vez, recebeu seu próprio laboratório nas Montanhas Arklay, a Escola de Treinamento Executivo da Umbrella. Tal local, desempenharia uma função dupla como uma instalação de pesquisa para o Projeto T-Vírus e um internato para crianças superdotadas que foram procuradas pela Fundação Spencer a fim de se tornarem novos cientistas executivos promissores da empresa.[21][22] No geral, apesar de Spencer ter feito todas essas maquinações para manter seus amigos longe do domínio executivo da Umbrella e de seus objetivos pessoais, seu medo delirante a respeito deles quererem o usurparem não diminuiu, levando-o a querer eliminá-los. A primeira verdadeira vítima de sua paranoia foi Ashford, que morreu por exposição à sua estirpe primitiva do T-Vírus em um acidente de laboratório encenado.[23][24] Enquanto seu filho, Alexander, era um cientista, ele era formado em genética ao invés de virologia, o que o tornou incapaz de continuar o trabalho de seu pai.[25] Isso deixou apenas Marcus como o principal concorrente de Spencer pelo controle total da empresa, e assim foram feitos esforços por parte dele para roubar os dados de seu ex-colega em benefício do Laboratório de Arklay, porém, ele não teria sucesso nisso até o final dos anos 1980.[22]

Consolidação do Poder (1977-1998)[]

Em 1977, a Fundação Spencer recrutou Albert Wesker para um emprego na Umbrella depois que ele adquiriu um doutorado em virologia com apenas 17 anos. Uma vez então que o mesmo foi enviado para a escola de treinamento executivo, Spencer garantiu que Wesker e um colega, William Birkin, abusassem da confiança de Marcus a fim de roubar seus dados de pesquisa. No final do ano letivo de 1978, o aristocrata ordenou que a instalação fosse fechada, privando Marcus de sua equipe de pesquisa e dos alunos que ele usava como cobaias. Wesker e Birkin foram então imediatamente designados ao Laboratório Arklay para o assumirem como seus principais pesquisadores e usaram seu conhecimento da pesquisa de Marcus para alterar drasticamente a versão do Projeto T-Vírus realizado no local.[20][26]

Apesar do controle quase total de Spencer sobre a Umbrella, sua paranoia continuou a encontrar novas vítimas enquanto a empresa se expandia ao ponto de possuir seu próprio exército paramilitar, o Serviço de Segurança da Umbrella. Marcus, por sua vez, continuou a se dedicar a sua própria pesquisa no final da década de 1980, esperando usar isso a seu favor para garantir o apoio do conselho de administração para assumir a empresa.[22] Com Marcus agora sendo uma ameaça imediata, Spencer ordenou um ataque do U.S.S. a escola de treinamento e fez seu pretenso rival ser morto a tiros em 1988, possibilitando assim que Birkin e Wesker confiscassem seus dados de pesquisa completamente.[27] Nesse mesmo ano, ele também apoiou pessoalmente as propostas deles para que adquirissem um parasita Nemesis α do Laboratório Nº 6 da França como um meio alternativo de resolver a principal falha da pesquisa do T-Vírus no Laboratório Arklay que os estava impedindo de conseguirem criar A.B.O.s inteligentes.[28] Quando a Umbrella entrou na década de 1990, Spencer continuou a ter um papel direto nos negócios da empresa, apesar de sua idade avançada o ter confinado em uma cadeira de rodas. Beardley e Henry acabariam então perecendo nesta década, levando suas pesquisas a serem herdadas por seus respectivos filhos, Mylène e Christine, ambos crianças prodígios.

Spencer na Ilha Sonido Tortuga

Spencer e seus associados na Ilha Sonido de Tortuga.

No decorrer da década de 1990, Spencer ficou profundamente interessado no recém-descoberto Vírus Gólgota, que estava sendo estudado por Birkin e Christine na França, levando-o a financiar uma nova instalação subterrânea em Raccoon City, o NEST, para o desenvolvimento do Projeto G-Vírus. Embora tenha ficado intrigado com o uso potencial do vírus na eugenia, o mesmo também terminaria sendo financiado como outro projeto de arma biológica para os militares americanos.[29] Um projeto alternativo de eugenia, por sua vez, foi atribuído a Dra. Alex Wesker, uma das cobaias do Projeto Wesker de quem Spencer se tornou pessoalmente próximo, após lhe conceder maior poder executivo através da construção de um laboratório em Sonido de Tortuga.[30] Neste período, ele também desenvolveu um relacionamento próximo com o coronel Sergei Vladimir, um oficial Spetznaz que a União Soviética tinha usado em um teste de clonagem humana durante a Guerra do Afeganistão. Em troca então dele entregar seus dez clones para pesquisa no incipiente Projeto Tyrant, Spencer tornou Vladimir um poderoso ativo que asseguraria a proteção de seu controle sobre a empresa.[31][32]

Fim da Umbrella (1998-2003)[]

"Para esconder seus erros estúpidos, eles culparão a Umbrella pela destruição de Raccoon City. Parece que a Umbrella compartilhará o destino de Raccoon City, mas talvez seja em menor grau. A Umbrella não era nada mais que uma ferramenta para a pesquisa do vírus Progenitor. Mesmo sem esta ferramenta, a pesquisa ainda sobreviverá. Apenas os funcionários menores da Umbrella serão prejudicados por sua dissolução. Se a pesquisa secreta envolvendo o vírus Progenitor estiver protegida, sempre posso recomeçar. Já fiz preparativos para isso."
— Trecho de um diário de Spencer sobre seu plano de contingência caso a Umbrella falisse.[33]

Em maio de 1998, o Laboratório Arklay foi sabotado por uma das criações do Dr. Marcus, a Sanguessuga Rainha, resultando em toda a equipe da instalação sendo morta ou infectada pelo vazamento de uma variante do T-Vírus. Consequentemente, as A.B.O.s do local acabaram escapando de seu confinamento e começaram a atacar pessoas que encontravam enquanto vagavam pela região do Condado de Arklay, o que chamou a atenção nacional devido aos bizarros assassinatos canibais. Diante então da crise que poderia expor as atividades ilegais da Umbrella, como parte da contingência do "Dia-X", Albert Wesker enviou duas equipes policiais de elite do Serviço Especial de Táticas e Resgate para a mansão a fim de investigarem a situação. No entanto, sem o conhecimento desses oficiais, eles foram deliberadamente colocados contra as A.B.O.s fugitivas de Arklay com o objetivo de coletar dados de combate. De fato, as ordens prioritárias de Wesker eram apenas quatro: reunir esses dados de combate, salvar qualquer pesquisa que pudesse do laboratório, garantir a morte de todos os membros da S.T.A.R.S., e destruir a instalação para que a verdade sobre a responsabilidade da Umbrella nunca fosse divulgada. Durante essa operação, Vladimir também foi enviado pessoalmente para realizar a tarefa de recuperar um Tyrant experimental e o supercomputador da empresa, o UMF-013. Em última análise, apesar do coronel russo ter tido êxito em sua missão e o complexo laboratorial ter sido destruído, o plano de precaução da Umbrella acabou não sendo totalmente bem sucedido, já que Wesker preferiu forjar sua própria morte e entregar os dados que coletou para uma companhia rival, enquanto vários membros da S.T.A.R.S. conseguiram escapar da mansão antes de sua destruição e voltaram para cidade com a intenção de iniciar uma investigação policial contra a empresa.

Nas consequências imediatas após os eventos na Arklay, um executivo chamado Morpheus D. Duvall foi usado como bode expiatório pela falha de contenção, o que o fez iniciar um plano bioterrorista para roubar as amostras virais da Umbrella como vingança por sua demissão injusta. No geral, o chamado "Incidente da Mansão" não prejudicou publicamente a empresa, isso graças à sua influência sobre a mídia, a polícia e o governo local de Raccoon City. No entanto, a combinação desse incidente com a traição de Albert Wesker e a própria recusa de Spencer em admitir o Dr. Birkin em seu círculo íntimo seriam o gatilho para a espiral decrescente da Umbrella que culminaria com sua dissolução. Por se sentir menosprezado pela rejeição do aristocrata, Birkin espalhou o T-Vírus em Raccoon City para neutralizar as outras instalações da empresa enquanto ele próprio se preparava para entregar o G-Vírus aos militares dos E.U.A., que pretendiam iniciar seu próprio projeto de armas biológicas, em troca de proteção. Spencer, entretanto, descobriu a traição planejada de Birkin, o que o fez enviar uma unidade do Serviço de Segurança da Umbrella para levar o cientista sob custódia e adquirir sua criação. Quando Birkin se recusou a ir com eles, um dos soldados o baleou fatalmente e o deixou como morto, permitindo assim que a equipe levasse consigo sua caixa de duralumínio, que continha todo o seu trabalho. Todavia, o cientista ainda estava vivo e tinha uma amostra de G-Vírus em sua posse, ao qual imediatamente a usou em si mesmo para sobreviver, o que o transformou em um poderoso monstro no processo. O mutante Birkin então perseguiu os soldados da Umbrella nos esgotos e matou a maioria deles, embora HUNK sobreviveu. Esse confronto, no entanto, acidentalmente fez com que várias amostras de T-Vírus caíssem no chão e se quebrassem, o que possibilitou que os ratos do local as consumissem e logo espalhassem o vírus no abastecimento de água da cidade. Como consequência, na semana seguinte, Raccoon City entrou em colapso na anarquia quando milhares de infectados participaram de assassinatos canibais.

Consciente então de que Raccoon City estava condenada e que a empresa não seria mais capaz de fazer lobby contra uma ação do comitê do Senado, Spencer ordenou que o Coronel Vladimir recuperasse o UMF-013 de Raccoon City e o levasse para um local seguro.[34] Em 1º de outubro de 1998, Spencer acordou com a notícia do bombardeio da cidade pelo presidente dos Estados Unidos. A essa altura, a responsabilidade da Umbrella no incidente havia se tornado de conhecimento público enquanto o congresso americano votou em um ato para liquidar a filial da empresa nos E.U.A. e proibi-la de realizar qualquer negócio futuro no país. Spencer então ficou obsessivo em manter a pouca ordem que restava na Umbrella a fim de que pudesse estabelecer um póstero sucessor para sua organização, resultando nele ordenando a execução de toda equipe executiva sênior da empresa para impedir que o governo americano soubesse do Progenitor.[33] Em 1999, de modo a fazer parecer que a Umbrella estava sendo vítima de uma conspiração governamental, Spencer reuniu advogados especialistas, testemunhas falsas e subornos durante os Julgamentos de Raccoon a fim de desviar toda a responsabilidade para o governo americano. Ele também comprou uma fábrica de produtos químicos abandonada na região do Cáucaso, no sul da Rússia, e encomendou a construção de um laboratório subterrâneo secreto, que se tornaria a base de fato das operações da Umbrella, ao qual deixou sob controle de Vladimir.[35][36] No geral, por não quererem reconhecer sua violação da lei internacional que proibia a obtenção de armas biológicas ou mesmo admitir a existência das A.B.O.s em geral, o governo dos E.U.A. permaneceu em um impasse jurídico com a Umbrella por anos. Isso, no entanto, terminou no início de 2003, quando Wesker vazou trechos dos dados recuperados do UMF-013 para o tribunal.[37][38] Por conta dessas evidências, a Umbrella fora considerada responsável por danos e posteriormente falida. Um mandado de prisão internacional contra Spencer foi então expedido pelos Estados Unidos e pela Federação Russa, todavia, quando as buscas para encontrar e prender o aristocrata começaram, ele já havia fugido e se escondido.[33][38]

Anos Finais (2003-2006)[]

"Quando se enterra um tesouro, não se deve deixar um mapa para trás..."
— Trecho de um diário sobre o plano de Spencer de manter seus segredos sobre o Progenitor escondidos.[33]
Spencer Estate Pintura

Mansão Familiar Spencer, o local que serviu como esconderijo de Lorde Spencer após a queda da Umbrella.

Por ter previsto a inevitabilidade de sua prisão caso a Umbrella fosse condenada judicialmente, Spencer manteve-se recluso na propriedade ancestral de sua família na Europa desde antes do fim dos Julgamentos de Raccoon. Nos anos seguintes, ele se certificou em ter pouquíssimo contato com o mundo exterior, sendo visto apenas por seus guarda-costas leais e seu mordomo, Patrick. Durante esse período, seu comportamento cada vez mais errático começou a coincidir com sua depressão e problemas de saúde. No entanto, com a intenção de sobreviver o suficiente para ver o renascimento de sua organização, Spencer ordenou que Alex Wesker iniciasse a pesquisa de um vírus mutagênico capaz de restaurar sua juventude e forneceu a ela financiamento, equipamentos, material de pesquisa, várias centenas de cobaias e a instalação de pesquisa na Ilha Sonido de Tortuga para este fim.[5][39][40] Alex, no entanto, não tinha nenhuma lealdade real por Spencer e acabou o traindo, tendo desaparecido depois que ela desistiu do projeto e levou os resultados, seus subordinados e as cobaias para a Ilha Sejm no Mar Báltico.[41]

Morte[]

"Eu iria me tornar um deus! Criando um novo mundo, com uma avançada raça de seres humanos... Porém, tudo foi perdido em Raccoon City. Apesar de tudo, sua criação ainda tem grande significado. Agora, sinto que minha vida esta acabando. Irônico, não é? Para aquele que tem o direito de ser um deus! Enfrentar sua própria mortalidade... "
— Últimas palavras de Spencer para Albert Wesker.
RE5 Spencer (1)

Spencer em seu último ano de vida.

Em 2006, Spencer estava próximo de morrer. Ele já não tinha forças para comer alimentos sólidos e passava a maior parte de seus dias sentado em seu escritório enquanto ficava permanentemente conectado a um sistema de suporte de vida.[9] Fazendo então um último esforço desesperado para sobreviver, Spencer ordenou que Patrick o ajudasse no desenvolvimento de um novo vírus usando cobaias confinadas sob a propriedade de sua família na esperança de curar seu corpo.[41] Entretanto, como esses experimentos levaram a várias mutações fracassadas, o aristocrata percebeu que sua morte era inevitável e que ele nunca conseguiria realizar seu plano, o que o fez decidir que precisava ter uma última conversa com Albert Wesker. Para este fim, o aristocrata pediu a seu mordomo que vazasse informações sobre sua localização para Wesker por meio de um associado. Spencer então dispensou Patrick de suas funções e ficou apenas com seus guarda-costas na residência, esperando que seu ex-pupilo o encontrasse.[42]

Re5 Wesker empala Spencer

Spencer sendo morto por Wesker após lhe contar suas origens.

Em agosto de 2006, Wesker entrou na propriedade e assassinou brutalmente os guardas de Spencer antes de entrar no escritório particular do aristocrata, que já o estava aguardando.[20] Em sua reunião, Spencer explicou tudo sobre o Projeto W para ele e o porquê do próprio ter sido infectado com uma cepa de vírus Progenitor. No entanto, o aristocrata mentiu quando alegou que o mesmo era o único sobrevivente das Crianças Wesker, provavelmente para mantê-lo focado em seu objetivo e impedi-lo de perseguir Alex. Em geral, Albert estava desinteressado na visão utópica de Spencer e, ainda que não esperasse que o velho frágil ameaçasse seus próprios objetivos, decidiu mesmo assim não deixar pontas soltas. Ele então brutalmente matou Spencer o empalando no peito com a mão aberta, proclamando que o velho não era capaz de ser um deus e, como tal, nunca teve o direito de aspirar a esse objetivo.[43]

Legado[]

Mesmo antes de sua morte, Spencer deixou um legado sombrio através da pesquisa viral que ele conduziu ao longo de sua vida que atormentaria o mundo com a disseminação em larga escala do bioterrorismo. Devido à sua negligência em não ser capaz de lidar diretamente com os constantes vazamentos e deserções de seus funcionários desonestos durante os últimos anos da Umbrella, isso permitiu que eles começassem a vender A.B.O.s para seus rivais no mercado negro de armas biológicas desde 1998, o que culminou na proliferação de inúmeros surtos ao redor do planeta durante a primeira década do século 21, causando a morte de milhares de pessoas como resultado. No geral, isso tornou Spencer indiretamente responsável por todos os eventos virais que afetaram o mundo mesmo após seu falecimento.

Referências[]

  1. 『バイオハザード RE:3』無料体験版が本日より配信開始! “チャーリー君人形20体破壊キャンペーン”も同時開催 (Japonês).
  2. Resident Evil 5 (Windows, créditos). MobyGames.
  3. Edison Gimenes (@gimenes58) - Instagram.
  4. Encontrado o modelo de Ozwell E. Spencer em Resident Evil Resistance. Resident Evil Project.
  5. 5,0 5,1 Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Spencer 1".
  6. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Perfil de Ozwell E. Spencer".
  7. BIOHAZARD 5 Kaitai Shinsho, página 015.
  8. Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Albert Wesker".
  9. 9,0 9,1 9,2 Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Patrick 1".
  10. BIOHAZARD CODE: Veronica Kanzenban Kaitai Shinsho, página 222.
  11. Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Tricell".
  12. 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 12,5 Resident Evil Village (2021), arquivo: "Carta de Spencer".
  13. BIOHAZARD 2 (CD Drama) -A Espiã Ada Vive-.
  14. Asakura, BIO HAZARD: O Ímpio Mar da Morte.
  15. Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Tribo Ndipaya".
  16. 16,0 16,1 16,2 Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Retirado do Diário do Pesquisador-Chefe Brandon No. 1".
  17. 17,0 17,1 Makino, BIOHAZARD UMBRELLA CHRONICLES LADO A, Capítulo 1.
  18. Resident Evil (2002), arquivo: "Foto de Família & Notas".
  19. Resident Evil (2002), arquivo: "Diário de Trevor".
  20. 20,0 20,1 20,2 Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Albert Wesker.
  21. Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Retirado do Diário do Pesquisador-Chefe Brandon No. 2".
  22. 22,0 22,1 22,2 Resident Evil 0 (2002), arquivo: "Diário de Marcus 1".
  23. INSIDE OF BIOHAZARD THE DARKSIDE CHRONICLES, página 187.
  24. Resident Evil 5 (2009), arquivo: "História de RESIDENT EVIL".
  25. Resident Evil CODE:Veronica (2000), arquivo: "Memorando de Alexander".
  26. Wesker's Report II, parte 1.
  27. Resident Evil 0 (2002), cena: "Revelação".
  28. Wesker's Report II, parte 4: "A chegada de Nemesis".
  29. Wesker's Report II, parte 5: "A chegada do G-Vírus".
  30. Resident Evil: Heavenly Island, capítulo 8: "Tatakai".
  31. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Carta de Sergei para Nicholai".
  32. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Perfil de Sergei Vladimir".
  33. 33,0 33,1 33,2 33,3 Resident Evil 5 (2009), arquivo: "Caderno de Spencer".
  34. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Ordens de Emergência".
  35. Wesker's Extra Report.
  36. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Notas sobre a Filial Russa da Umbrella".
  37. Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), arquivo: "Julgamento da Umbrella sobre Raccoon City".
  38. 38,0 38,1 Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007), cena: "Créditos e Epilogo".
  39. Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Spencer 2".
  40. Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Spencer 3".
  41. 41,0 41,1 Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Spencer 4".
  42. Resident Evil 5: Gold Edition (2010), arquivo: "Memórias de Patrick 3".
  43. Resident Evil 5 (2009), cena: "Sonhos de um Louco".


Advertisement